Quem viveu no final dos anos 60 e começo dos anos 70 deve se lembrar dos tobogãs!
Era um "barato total"!
Em Catanduva o Tobogã chegou por volta de 1970 e foi instalado no final da R Brasil, ali próximo ao Parque das Américas.
Lembro-me do som das músicas vindas do alto-falante do parque, mas para falar a verdade, a ansiedade na fila do tobogã era tanta, que não me lembro quais músicas tocava!
Escorregar no tobogã em plena década 70 era uma emoção equiparada hoje, a que sentimos na montanha russa do Play Center ou mais além,Sheikra - a montanha mais alta da Florida!
Era uma descida insana, com direito a medo e frio na barriga!
Era um escorregador gigante, muuuuito alto, com ondulações sinuosas na sua rampa. Quando estávamos lá no alto, olhando para baixo, aquela rampa assustadora, com o coração acelerado e desaguar o indevido alí mesmo, sentávamos num saco de estôpa e sem dar tempo para tomar coragem, um desconhecido nos empurrava rampa abaixo!
Os gritos que saiam do fundo do nosso ser eram uma mistura de medo, emoção,alegria.... Na época rolavam uns boatos de que em algum tobogã colocaram gilete na rampa e teria provocado vítimas. Pode ser até invenção de mães medrosas com a inovação e modernidade, querendo preservar sua prole. Mas era muito divertido! Ah, isso era!
O tobogã virou febre nacional e na época,era sinônimo de modernidade desenvolvimento e dava status ás cidades que o tinham instalado em seus parques ou praças.
Mas nosso saudoso Raul Seixas não achava graça...
"Ah!
Mas que sujeito chato sou euQue não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco..."
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