A atriz Jayne Mansfield nos ombros do marido
Brigitte Bardot
Biquíni
O biquíni, traje de banho que cobre as partes mais desejadas do corpo da mulher, completa nesta semana 60 anos sem rugas e na crista da onda de uma moda que nasceu com ares de revolução.
O criador do biquíni como o conhecemos hoje foi um homem, o engenheiro francês Louis Réard, especialista em mecânica de automóveis.
No entanto, o traje de duas peças já era usado há pelo menos 3.606 anos, como provam mosaicos descobertos num sítio arqueológico de Piazza Armerina, na ilha da Sicília (Itália).
Considerado uma das invenções mais revolucionárias da história da moda, o biquíni foi apresentado à sociedade cinco dias depois dos testes nucleares feitos pelos Estados Unidos no atol de Bikini, situado no Pacífico.
Réard convocou a imprensa em 5 de julho de 1946 para apresentar o "menor traje de banho do mundo", na piscina Molitor, em Paris. No entanto, não houve um desfile de modelos. Apenas uma dançarina do Cassino de Paris, Micheline Bernardini, acostumada a se apresentar nua, aceitou vestir a novidade.
Se Réard foi o pai do biquíni, quem o batizou foi Bernardini, segundo a lenda.
"Senhor Réard, seu maiô será mais explosivo que a bomba de Bikini", teria dito a dançarina ao engenheiro.
Réard se transformou em estilista após a Segunda Guerra Mundial, quando se viu obrigado a assumir o comando da fábrica de corseletes da sua família. Condenado pelo Vaticano, o biquíni não levou seu criador à fama imediatamente, como ele esperava.
Os primeiros modelos fizeram sua tímida aparição no fim da década de 1940, nas praias da Europa. Mas as autoridades italianas, portuguesas e espanholas proibiram seu uso, por influência da Igreja Católica. Na Espanha, o veto durou até a década de 1970.
Duas mulheres, porém, contribuíram decisivamente para popularizar o biquíni. A francesa Brigitte Bardot e a americana Jayne Mansfield transformaram a peça em item obrigatório do guarda-roupa.
O mítico filme "E Deus criou a mulher" (1956), do diretor francês Roger Vadim, deu projeção internacional a Brigitte. A atriz encarnava um novo tipo de mulher: moderna, livre com seu corpo e seus desejos, e que exibia sua beleza escultural num biquíni.
Um ano depois, a também loira de curvas generosas Mansfield aparecia sorridente na capa da conservadora revista "Life". Ela usava um biquíni branco e aparecia rodeada de bonecas vestidas com o então escandaloso traje de banho, todas numa piscina, com as mãos cruzadas atrás da nuca.
As imagens ficaram no inconsciente coletivo e foram decisivas para a liberação da mulher. Mas o sucesso do biquíni também teve a contribuição da primeira "Bond girl", Ursula Andress. A atriz sai do mar usando um biquíni branco na cena clássica de "007 contra o Satânico Dr.No".
Outras musas, como Marylin Monroe, Rita Hayworth e Raquel Welch também contribuíram para o sucesso do biquíni entre as mulheres.
A música também teve um papel importante. Em 1961, Brian Hyland chegou ao topo da parada da "Billboard" com a canção "Itsy Bitsy Teeny Weeny Yellow Polka Dot Bikini". No Brasil, a música ganhou uma versão em português: "Biquíni de bolinha amarelinha".
Depois de 60 anos, os biquínis, cada vez menores e mais criativos, não ficaram com rugas e mantêm intacto seu forte poder de atração.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2006/07/06/ult1766u16765.jhtm
primeira "Bond girl", Ursula Andress. A atriz sai do mar usando um biquíni branco na cena clássica de "007 contra o Satânico Dr.No".
Marilyn Monroe de biquíni é eleita a mais bonita de todos os tempos
Jayne Mansfield foi considerada uma das mais desejadas musas
dos anos 50, junto com Marilyn Monroe mas faleceu com apenas
34 anos em 29 de Junho de 1967, num acidente de carro.
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