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terça-feira, 29 de maio de 2012

Machado de Assis, um dos grandes gênios da literatura.



Somos de uma geração que curtiu muito os gibis; aprendemos a ler com os gibis, e era com ansiedade que íamos às bancas de revista comprar as novidades do mês. E a troca de gibis entre os amiguinhos era estimulante. Depois, se aprimorava o gosto com vários livros. Mas, estávamos criando o hábito da leitura. A criança precisa de ajuda e de estímulo para essa iniciação. E isso também na adolescência.
Lembro que na adolescência, tanto eu como meus colegas de aula, perdemos um pouco desse hábito devido os livros que a escola oferecia como padrão: não queríamos os clássicos brasileiros; não queríamos ler por obrigação para fazermos uma resenha. Queríamos a liberdade de escolha, que nos foi negado. Acredito que isso desestimulou um pouco a nós todos. Há que se respeitar o gosto de cada um, e, à escola, cabe analisar as preferências de seus alunos. O mesmo livro para todos os alunos? Foi um desastre; uns perguntavam aos outros a história - e a resenha estava feita! Ninguém aceitava uma leitura imposta.
Foi nesta época que houve um desinteresse da parte de muitos alunos; não tínhamos opção, não tínhamos tempo de ler outras coisas, uma vez que a leitura dos clássicos brasileiros, obrigatórios, tinha prazo para a entrega do trabalho. Para tudo existe uma idade certa, era só ter esperado o amadurecimento dos alunos. 
Desta forma, muitos deixaram de apreciar devidamente as pérolas de nossa literatura como os romances e contos de Machado de Assis. Afinal este brasileiro é considerado por críticos literários do mundo inteiro , como um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.

Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época.

Nascido no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, de uma família pobre, mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade. Os biógrafos notam que, interessado pela boémia e pela corte, lutou para subir socialmente abastecendo-se de superioridade intelectual. Para isso, assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo precoce notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas. Em sua maturidade, reunido a colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente unânime da Academia Brasileira de Letras.
Sua extensa obra constitui-se de 9 romances e peças teatrais, 200 contos, 5 coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas. Machado de Assis é considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). Este romance é posto ao lado de todas suas produções posteriores, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires, ortodoxamente conhecidas como pertencentes a sua segunda fase, em que se notam traços de pessimismo e ironia, embora não haja rompimento de resíduos românticos. Dessa fase, os críticos destacam que suas melhores obras são as da Trilogia Realista. Sua primeira fase literária é constituída de obras como Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia, onde notam-se características herdadas do Romantismo, ou "convencionalismo", como prefere a crítica moderna.
Sua obra foi de fundamental importância para as escolas literárias brasileiras do século XIX e do século XX e surge nos dias de hoje como de grande interesse acadêmico e público. Influenciou grandes nomes das 
letras, como Olavo Bilac, Lima Barreto, Drummond de Andrade, John Barth, Donald Barthelme e outros.[21] Em seu tempo de vida, alcançou relativa fama e prestígio pelo Brasil, contudo não desfrutou de popularidade exterior na época. Hoje em dia, por sua inovação e audácia em temas precoces, é frequentemente visto como o escritor brasileiro de produção sem precedentes, de modo que, recentemente, seu nome e sua obra têm alcançado diversos críticos, estudiosos e admiradores do mundo inteiro. Machado de Assis é considerado um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.

Romances

Ressurreição, (1872)
A mão e a luva, (1874)
Helena, (1876)
Iaiá Garcia, (1878)
Memórias Póstumas de Brás Cubas, (1881)
Casa Velha, (1885)
Quincas Borba, (1891)
Dom Casmurro, (1899)
Esaú e Jacó, (1904)


Memorial de Aires

Itens pessoais de Machado. O livro é Memorial de Ayres (1908), que traz uma dedicatória assinada pelo próprio autor.






http://pt.wikipedia.org/wiki/Machado_de_Assis



Machado & Carolina

Carolina, mulher com quem foi casado por mais de três décadas.
Carolina Xavier de Novais, portuguesa, pertencente a uma nobre família da côrte carioca, casou-se com Machado de Assis em 12 de novembro de 1869. Seu primeiro obstáculo foi justamente, sua família que, inicialmente, não aceitava o fato de o noivo ser mulato e epilético.                                             Machado teve em Carolina a esposa, a enfermeira, a secretária e a redatora. Além de corrigir os erros ortográficos do escritor, ela ainda opinava em seus textos. (quanta responsabilidade!). Como era uma mulher muito culta, através dela Machado conheceu escritores do mundo inteiro e pôde, mais tarde, publicar e divulgar seus romances.                       Ele sempre a escrevia cartas apaixonadas. Numa delas, disse que Carolina não era como as mulheres vulgares que ele conhecia, que seu coração e seu espírito eram prendas raríssimas. Os dois nunca tiveram filhos e dedicaram todo seu amor a uma cadela de nome Graziela. Após a morte de Graziela (outra grande perda), tiveram um outro cão a quem deram o nome de Zero.
Em 1904 morre Carolina Novais, e a vida perde o sentido para o mestre Machado que, desde sua infância mais tenra, só conheceu a dor e o sofrimento causado pela morte de seus entes mais queridos. À carolina, dedicou um belíssimo poema:

A Carolina

Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.

Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.

Trago-te flores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa separados.

Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.


Machado de Assis morrera quatro anos depois, em 29 de setembro de 1908, sendo sepultado ao lado de Carolina, cumprindo o que a ela havia prometido quatro anos antes. Apesar de todo seu histórico de perdas e sofrimentos e de todo seu pessimismo, pouco antes de morrer suas últimas palavras foram:
                                                               "a vida é boa".

Wikpédia , a enciclpédia livre
http://taisluso.blogspot.com.br/2011/09/o-habito-de-ler.html


Vídeo da biografia de Machado de Assis






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