Modinhas de Zica Bergami para lembrar de uma São Paulo que não existe mais, mas permanece viva na memória de muita gente que gosta de morar na metrópole.
Sucesso em 1958, interpretada por Inezita Barroso
"Um dia (em 1957) levantei cantando, peguei o Violão e fui para o terreiro sem tomar café. Saiu o Lampião de Gás..." (Zica Bergami)
Zica Bergami nasceu em 1913 em Ibitinga, no estado de São Paulo.
Compositora, cantora, desenhista e escritora, seu trabalho passou a ficar conhecido após Inezita Barroso gravar em 1958 sua música mais famosa, Lampião de gás, uma "ode a São Paulo dos bons tempos", como ela mesma disse na época.
Zica Bergami recebeu o Troféu Zequinha de Abreu em 1959, em reconhecimento pela beleza dessa música.
Nestes tempos de apagão, pensei: como seria São Paulo lá atrás, no tempo, sem luz. Desculpe, mas no escuro, só com a bateria de telefone celular, como ocorreu há alguns dias, um pouco de nostalgia faz bem. Lembrei que tinha lido sobre quando São Paulo adotou a luz elétrica nas ruas. Foi em 1911. Voltada a energia, fui refrescar a memória.
Reencontrei no belo ensaio de Palmira Petratti-Teixeira, no livro A História da Cidade de São Paulo (Paz e Terra, volume I), o que procurava. Ela lembra lá que o prefeito da época era Antonio Prado. “A obra emblemática de Antonio Prado foi o Theatro Municipal. Sua inauguração, em 1911, marcou o advento da iluminação elétrica nas ruas”. A luz das ruas, até então, era a gás. O artigo dá show ao lembrar da valsinha Lampião de gás, “de autoria de Zica Bergami”, explica a historiadora.
http://blogs.estadao.com.br/blog-da-garoa/tag/lampiao-de-gas
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