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sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval e Marchinhas.



O carnaval: é a maior festa popular do Brasil!

Marchinha 
Mais até do que o samba-enredo, a marcha é reconhecida como a música de carnaval no Brasil. No seu período áureo, que se estendeu dos anos 20 aos anos 60, ela foi a responsável por algumas das canções mais populares do país (até mesmo nas décadas seguintes), reunindo no seu time de compositores alguns dos mais importantes nomes da música popular. De Chiquinha Gonzaga (que escreveu para o cordão Rosa de Ouro em 1899 a marchinha inaugural, Ô Abre Alas, também a primeira música a ser feita especialmente para o carnaval) a Moraes Moreira (que fez com Fausto Nilo a Coisa Acesa, já na década de 80), passando por Noel Rosa, João de Barro, Ary Barroso, Lamartine Babo e Mário Lago, muitos foram os que se esmeraram ano após ano para serem os autores da música que o público passaria os quatro dias de folia cantando.

Época de ouro
A marchinha reinou na música brasileira a partir da década de 30, nas vozes de Carmen Miranda, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Silvio Caldas, Jorge Veiga e Black-Out. Entre confete, lança-perfume e serpentina, eram eles quem entoavam as composições de João de Barro, o Braguinha (autor, junto com Alberto Ribeiro, de algumas das mais célebres marchinhas, como Chiquita Bacana, Yes! Nós Temos Bananas e Touradas em Madri), Noel Rosa (o poeta da Vila é co-autor de Pierrô Apaixonado), Ary Barroso (Eu Dei) e Lamartine Babo (Linda Morena). 
Na entrada dos anos 60, a popularização dos desfiles de carnaval marcou o início da ascensão do samba-enredo e o declínio da marchinha e dos blocos. José Roberto Kelly foi um dos últimos compositores que brilharam no gênero, com Cabeleira do Zezé e Mulata Iê-Iê-Iê. Após o AI-5, quando a censura se instalou de vez (nada contente com a malícia das letras), a marchinha passou a ser objeto de iniciativas isoladas, como as de Caetano Veloso (Samba, Suor e Cerveja) e Chico Buarque (O Boi Voador). Composição da dupla João de Barro-Alberto Ribeiro, lançada sem sucesso em 1937, Balancê tornou-se, em 1980, uma das músicas mais tocadas do ano, na voz de Gal Costa e foi este o último suspiro da marchinha.

Músicas 
Ô Abre Alas (Chiquinha Gonzaga) 
Cidade Maravilhosa (André Filho) Aurora Miranda 
Pierrô Apaixonado (Noel Rosa e Heitor dos Prazeres) 
Touradas em Madri (João de Barro e Alberto Ribeiro) 
Chiquita Bacana (João de Barro e Alberto Ribeiro) Emilinha Borba 
Taí (Joubert de Carvalho) Carmen Miranda 
Florisbela (Nássara e Frazão) 
A Jardineira (Benedito Lacerda e Humberto Porto) 
O Teu Cabelo Não Nega (Irmãos Valença e Lamartine Babo) Castro Barbosa 
Yes, Nós Temos Bananas (João de Barro e Alberto Ribeiro) 
Sassaricando (Luís Antônio, Jota Júnior e Oldemar Magalhães) Rita Lee 
Linda Morena (Lamartine Babo) 
Alá-Lá-Ô (Haroldo Lobo e Nássara) 
Mamãe Eu Quero (Jararaca e Vicente Paiva) Carmen Miranda 
Eu Dei (Ary Barroso) Carmen Miranda 
Pirata da Perna de Pau (João de Barro) 
Aurora (Roberto Riberti e Mário Lago) 
Cachaça (Lúcio de Castro, Heber Lobato, Marinósio Filho e Mirabeau) Carmen Costa 
Me Dá Um Dinheiro Aí (Homero Ferreira, Glauco Ferreira e Ivan Ferreira) 
Mulata Iê-Iê-Iê (José Roberto Kelly) Emilinha Borba 
Cabeleira do Zezé (João Roberto Kelly e Roberto Faissal) Jorge Goulart 
Maria Sapatão (Chacrinha) 
Balancê (João de Barro e Alberto Ribeiro) Gal Costa 
Coisa Acesa (Moraes Moreira e Fausto Nilo) Moraes Moreira

                                                                                   http://cliquemusic.uol.com.br/generos/ver/marchinha




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