Acabou o papel? Não faz mal, limpa com jornal......

Acabei de me lembrar de uma antiga versão de Jingle Bells, que costumávamos cantar quando crianças: "Jingle bells, jingle bells, acabou o papel, não faz mal, não faz mal, limpa com jornal... O jornal tá caro, caro pra chuchu, o que eu vou fazer, pra limpar o meu c...?"
Hoje, analisando bem a letra da música, que todos devem conhecer, noto que, em criança, eu já tinha uma noção clara do papel social que a imprensa exerce em nosso mundo.
Lembro-me de um amigo que costumava juntar jornais velho para trocar no açougue por carne. Naquele tempo, não havia tanta oferta de sacolas plásticas ou mesmo de papel para embalagem. Como, também, as normas de higiene eram bastante frouxas, feirantes e açougueiros costumavam embrulhar carne ou peixe em jornais mesmo.
Pelo que me recordo, a carne de antes era tão saborosa quanto agora - não sei se era saudável, embora eu tenha dúvidas de que a hoje seja.

Hoje, nem para embrulhar peixe os jornais servem. Quando o Ibama resolver baixar uma norma proibindo que se forre as gaiolas de passarinhos com folhas, gazetas e diários, que utilidade pública restará aos jornais impressos?
PS: Detesto esse lance de passarinho preso em gaiola; se eu tivesse um, porém, só forraria a gaiola dele com o Le Monde Diplomatique. Já que é para passar o resto da vida preso, que tenha algo de bom para ler, pelo menos. Para embrulhar minha carne, ficaria com o The New York Times; o peixe, talvez eu optasse pelo The Wall Street Journal.



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