IMIGRAÇÃO ITALIANA EM CATANDUVA/SP.
O Passado não é aquilo que passa , é aquilo que fica do que passou!!!!
A Imigração em massa foi um dos fatos mais importantes nas mudanças sócio-Economicas ocorrida em Catanduva no final do século XIX , iniciou em 1887 a 1930. O imigrante Italiano desembarcava no porto de Santos-SP conforme foto 1907, muitos vinham a bordo dos navios precários, e em seus porões, vide foto do navio da época San Gotardo!
O período de 1887 a 1914 tiveram o numero maior de imigrantes a maiorioa de origem italiana que se concentravam em São Paulo no bairro do Brás, hoje memorial do Imigrante.
Ali eram tratados , vacinados, dormiam , banhavam-se até rumarem para seus destinos .que geralmente em busca de trabalho nas lavouras de Cafés.
Junto com essa massa de imigrantes também vieram os Portugueses, os Espanhóis, japonezes, Alemães, e Sirios -Libaneses, mas a Maioria eram 70% de Italianos.
Naquela época em 1893 Cerradinho como era chamada antes, passando a chamar Catanduva mais tarde . Já em 1909 começou então a construção da Estrada de ferro Araraquarense pelo então Engenheiro Carlos E.J. Schimitt, quando ficou pronta inicio de 1910 . Havia dois tipos de imigrantes: Os expontanêos e os subsidiados , os primeiros compravam suas proprias passagem no navio com seus proprios recursose se estabeleciam no Brasil, sendo que em Catanduva muito deles compravam as terras para o plantio do Café, ou se estabeleciam no comércio da cidade.
Pesquisa
Já os imigrantes subsidiados tinham passagem fornecida pelo governo Brasileiro, mediante a um acordo, eram obrigados exclusivamente a trabalhos na lavoura de Café.
Estes mesmos imigrantes trabalhavam pelo sistema de meieiros ou teça , ou seja metade ou a terça parte da colheita , era os imigrantes que assim compartilhavam o risco da safra com o Patrão. Após alguns anos nessa situação e se a safra fosse boa , os colonos conseguiam poupar , que lhes permitiam comprar terras em regiões que ainda estavam sendo desmatadas ; as chamadas frente Agricolas e formar sua propria fazenda.
Acima de tudo com eles vieram sonhos que iam muito além dos limites de um grande Cafezal.
Catanduva foi um marco na Produção e Exportaçãode Café finos para o Mundo todo!
O Café principal riqueza da épocafoi introduzido no Brasil por volta de 1727, era produzido para consumo doméstico em hortas e pomares até ano 1.800. Nas primeiras décadas do século XIX começou a haver procura no mercado internacional, para exportar , dentre eles os Estados Unidos principalmente, depois Europa, o que então atraiu fazendeiros a cultivar em larga escala.
O Café chegou em São Paulo, prmeiro pelo vale do Paraíba, mas já em 1850 esta região atingiu o limete de expansão, isto fez com que os fazendeiros foram obrigados a se deslocarem para interior em direçãodo Oeste Paulista .
O Café e as ferrovias sempre estiveram intimamente ligadas e onde nasciam as cidades e geravam grandes riquezas . O habito de se tomar café se expandia pelo mundo todo e seu preço subia continuadamente no mercado internacional.
As exportações do então chamado OURO VERDE cresciam a cada Ano.
Já em 1890 era o principal produto de exportação Brasileiro.
Estima-se que dos 2.6 milhões de imigrantes que aqui chegaram 73% eram italianos e ficaram em São Paulo nas lavouras de cafés.
Pesquisa: Heloísa Candolo, pesquisa Memorial do Imigrante
Por Didi Garisto
No próximo dia 22 de fevereiro, esta entidade completará 87 anos. Ela se situa à Rua Alagoas, 32 e foi fundada com o nome de “Societá Italiana di Mútuo Soccorro Gabriele D’Annunzio” com a finalidade de manter vivas as tradições e as reminiscências da longínqua Itália e dar o socorro mútuo, instrução e assistência moral e material entre os representantes dessa colônia aqui domiciliada. O nome “Gabriele D’Annunzio” foi em homenagem a esse poeta, dramaturgo e herói de guerra que estava em evidência naquela época na Itália. Sua sede própria, no estilo neoclássico, foi inaugurada em 18.09.1921. Nos anos subseqüentes seus espaços foram ampliados e em 1937 foi construído um salão de festas no plano superior do edifício. Em assembléia geral realizada em 05/07/1937, mudou o nome para “Casa D’Itália”. Por razões políticas ficou fechada durante a segunda guerra mundial. Nos anos 40 foi cedida à Legião Brasileira de Assistência, nos anos 50/60 ao Clube dos Bancários, anos 70/80 à Biblioteca Municipal e Museu Pedro de Toledo. Em 22/05/1966, recebeu o nome de “Sociedade Ítalo-Brasileira de Assistência Cultural Recreativa de Catanduva”. Depois de 30 anos de paralisação, foi reativada em 1993. Em 13/02/1997 passou a denominar-se “Sociedade Ítalo-Brasileira Gabriele D’Annunzio. Em 1998, por iniciativa da Dra. Isabel Etruri, ali foi instalada a “Sala do Imigrante Italiano”, constando de vastíssimo acervo da história dessa imigração e inúmeras fotos das famílias italianas que aqui chegaram e se radicaram. Hoje esse Museu tem o nome de “Sala do Imigrante Italiano Dra. Isabel Etruri”, numa justa homenagem a quem o criou.
A restauração do edifício foi realizada entre os anos de 1996 a 2002. Foram seus presidentes: 1920/1922-Vito Florenzano, 1922/1924-Aristides Muscari, 1925/1927- Vincenzo Lanzieri, 1928/1941- Giuseppe Záccaro, substituído algumas vezes em 1937 por Domenico Mignone, 1951/1958-Luiz Flório, 1960-Antonio Záccaro, 1959/1967- Armindo Accorsi, 1968/1977-Danton Salvador Giglio, que era presidente do Conselho Deliberativo, 1979/1981-Gildo Gonçalves, 1982/1987-Diogo Melhado, 1994/1999-Juliano Baságlia, 2001/2003-Jair João Biazotto, 2004/2005-Éden Bottura e 2006/2007-Jane Aparecida Venturini.
Essa Entidade em seu histórico destaca alguns nomes de imigrantes que muito a ajudaram: Aristides Múscari, José Záccaro, Moisés Dall’Aglio, Ítalo Záccaro, Luís Flório, Antonio Záccaro, Domingos Pellizzon, Nicola Facci, Aurélio e Giácomo Righini, Martino Pedreschi, Silvestre Etruri, Adolpho Bolinelli, Adolpho Lorenzini, Augusto Manfrin, Armindo Accorsi, Domingos e Osvaldo Gregorin, Albano Chimello, Ângelo Paulatti, Pernolasco Bottura, Eduardo Pinfildi, Nicola de Múzzio, Arnaldo De Benedetti, Maffei Rosa, José Bellíssimo, Ângelo Martani, Liberato De Vito, Solfa, Capone, Ceneviva, Pinotti, Menegon, Magoga, Tricca, Adami, Meneghelli, De Maio, Mastrocola, Senise, Baságlia e tantos outros.
A esses descendentes da terra de Dante, que sonharam com a América e escolheram Catanduva para viver os nossos sinceros agradecimentos.
Pesquisa em vários artigos existentes no Arquivo do Museu Padre Albino
http://www.noticiadamanha.com.br/capa/lecoluna.asp?ID=38928
Por Mariângela Cândido
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