1968- quando a Fafica funcionava no "Colegião"no período noturno
FAFICA – FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE CATANDUVA (1)
Na manhã do dia 28 de junho de 1966, os Senhores Édie José Frey, Armando Prandi e Paulo Henrique da Rocha Corrêa, foram falar com o Prefeito Municipal de Catanduva Sr. José Antonio Borelli, (...)
Linhas da Nossa História 24/06/2007 00:00:00 | Por Nelson Bassanetti
Na manhã do dia 28 de junho de 1966, os Senhores Édie José Frey, Armando Prandi e Paulo Henrique da Rocha Corrêa, foram falar com o Prefeito Municipal de Catanduva Sr. José Antonio Borelli, sobre a idéia de se criar uma Faculdade de Filosofia em Catanduva, com o apoio do poder municipal O professor Paulo Henrique era amigo do professor Liberalli, pertencente ao Conselho Estadual de Educação que o orientou a lutar pela instalação de uma faculdade em Catanduva, via autarquia municipal, visto que era difícil consegui-la junto a esfera estadual, uma vez que o Governo do Estado já mantinha duas Faculdades na área, uma em Araraquara e outra em São José do Rio Preto e, se fosse expandir, era mais fácil criar novos cursos nas Escolas já existentes do que abrir uma nova. Conseguido o apoio do Sr. Prefeito foram em busca de um local para a sua instalação e se dirigiram ao Colégio Nossa Senhora do Calvário, onde conseguiram a autorização depois de reunião havida com a direção da Congregação em Campinas. A Câmara Municipal também deu apoio, aprovando a legislação e o orçamento pertinente. A Prefeitura contratou o advogado Paulo Karan para preparar o processo e nomeou o Dr. Lenício Pacheco Ferreira como Diretor da Faculdade e o professor Paulo Henrique como Vice, a fim de firmarem os documentos iniciais, cujo processo deu entrada no Conselho Estadual de Educação em 13.09.1966. Foi designado como relator o Prof. Antonio de Lorenzo, que em sua análise julgou inoportuna essa criação, por não apresentar nossa região condições materiais e culturais adequadas, exigia também biblioteca maior e rejeitava todos os professores, exceto: Paulo Cretella Sobrinho, Vicente Celso Quáglia, Lenício Pacheco Ferreira e Paulo Henrique da Rocha Corrêa. Com a intercessão providencial da Profa. Maria Amália Correa Giffoni, Catedrática do Sistema Estadual de Ensino Superior Isolado, colega de muitos conselheiros, admiradora de Catanduva e conhecedora da nossa cultura e progresso, sugeriu que o Conselho não deixasse a idéia perecer. Para tanto, em razão da ausência do relator inicial, foi encaminhado o processo para análise do Conselheiro Carlos Henrique Robertson Liberalli, que concordou com muitas das exigências do Prof. De Lorenzo, mas de forma a permitir soluções para os impasses. Assim, a Municipalidade se comprometeu a ampliar a biblioteca, dar prédio próprio para abrigar as suas instalações e a Escola se propôs a ter nos seus quadros professores já aprovados pelos Conselhos Federal e Estadual de Educação. A Faculdade estava salva. A Câmara Municipal aprovou suplementação de verba para equipar a biblioteca e a doação do prédio para a instalação futura e permanente da Faculdade. Iniciou-se a grande batalha para o recrutamento de 22 professores, com parecer favorável pelas Câmaras de Ensino Superior, e que não estivessem em regime de tempo integral, nem exercendo funções múltiplas. Então se realçou a ação do Prof. Édie José Frey que, em incansáveis viagens a São José do Rio Preto, Campinas, Piracicaba, Rio Claro, Araraquara, Bauru, São Paulo, Ribeirão Preto e Araçatuba, logrou satisfazer a penosa exigência. Algum tempo depois, o Dr. Raphael Rolfsen, diretor da Faculdade de Filosofia de Araraquara, procedeu à vistoria do prédio e das instalações didáticas. Julgou excelentes as condições do magnífico edifício que é por tudo (prédio e conceito) uma das mais justas honras de Catanduva, o nosso querido ”Colegião”. A vitória já se configurava.
Pesquisa em livro anuário da Fafica (1967-1968) e a História de Catanduva de “A a Z” professor Vicente Celso Quáglia
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