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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Catanduva e o café




COCAM



CAMPANHA PARA PRODUÇÃO DE CAFÉS FINO

Nossa cidade nos dias 5 e 6 de maio de 1956 foi palco da Campanha para Produção de Cafés Finos, que teve por finalidade transformar a fisionomia desse mais importante setor da economia nacional, desfraldando a bandeira da melhoria da sua qualidade, visando recuperar seu prestígio e melhorar sua participação nos mercados internacionais.
O Movimento tinha uma Comissão formada: Benedito Pio da Silva, gerente do Banco do Brasil e as seguintes Entidades com seus presidentes, José Olímpio Gonçalves, da Associação Rural; Elias Nechar, da Associação Comercial e Industrial; Raymundo Lima de Moraes, do Rotary Clube, José Lerro Palamone, do Lions Clube, Adelcke Rossetto, da Associação Rural de Tabapuã e José Arlindo Camargo da Casa da Lavoura.
Deslocaram-se para a nossa Cidade-Feitiço naquela ocasião figuras exponenciais do Brasil: O Senador Assis Chateaubriand, que se tornou Padrinho da Campanha, o Sr. José Maria Alkimin, Ministro da Fazenda, O Sr. Sebastião Paes de Almeida, Presidente do Banco do Brasil, Paulo Guzzo, Presidente do Instituto Brasileiro do Café e o Dr. Jaime de Almeida Pinto, Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, cafeicultores, elementos da TV Tupi e da imprensa falada e escrita.
O evento foi um sucesso e depois vários artigos foram publicados no jornal Diário de São Paulo. Um deles com o título “Antes de Catanduva e depois de Catanduva”, realçava positivamente o nosso trabalho de vanguarda, de civismo por uma causa que estiveram de mãos dadas, as autoridades, a imprensa e os cafeicultores. Em outro artigo, com o nome de “Os endemoniados da cidade-feitiço”, de autoria de Euclides de Oliveira Júnior, destacamos: Catanduva é uma cidade enfeitiçada, onde fizeram praça todas as bruxas e todas as fadas do universo, infundindo a uma coletividade de aparência pacata, um espírito verdadeiramente demoníaco. Tão vasto e tão envolvente é esse reino de entes sobrenaturais, que saindo de algum conto de carochinha, ali se instalou tangivelmente, fazendo-se presente na atmosfera, na paisagem e nos homens de Catanduva, cercando-os de dons imateriais e de inapelável sedução. Que duendes transportaram cerca de mil produtores por estradas intransitáveis, após dez dias de incessantes chuvas, ou que bruxas ou fadas teriam, por acaso, removido a lama e o barro de seu caminho? Sabemos lá. Mas que esses espécimes fantasmagóricos ali existem e atenderam as rezas de alguma seita esotérica, disso não temos dúvida e quem as tiver que vá conhecer Benedito Pio da Silva, José Olímpio Gonçalves e inúmeros outros. Cafeicultores amigos. Não passem por Catanduva, fujam ao contacto com esses endemoniados e nem tomem conhecimento das notícias que provieram de tais bandas, pois do contrário todos os senhores perderão o sossego em que terão vivido até então, se o café que estão produzindo não for o de melhor qualidade que lhe é permitido produzir. Mas, tomem cuidado mesmo porque o “Movimento de Catanduva”, que é contagiante, que é crescente e que tem agora por padrinho outro endemoniado, que é Chateaubriand, projetou-se vitoriosamente e pode pegar em seu município, estado e todo Brasil.

De Nelson Bassanetti- "Linhas da nossa história"- Portal notícias da manhã.
Pesquisa no Jornal “A Cidade” – Arquivo Museu Padre Albino

COCAM
História           
A Cocam iniciou suas atividades em 1970 utilizando-se sempre de equipamentos de última geração. Suas plantas, Solúvel e Descafeinação, estão localizadas na cidade de Catanduva, interior de São Paulo, antiga região cafeeira. Foi a primeira fábrica de solúvel no Brasil a produzir o Freeze Dried e ainda hoje é a única no país a produzir o Café Descafeinado. Com seus contínuos investimentos no parque fabril e no Sistema de Gestão da Qualidade, tornou-se uma das maiores e mais respeitadas produtoras de café solúvel do Brasil, atuando há mais de 36 anos na fabricação de cafés que são apreciados em mais de 30 países, com parcerias comerciais sólidas, baseadas no compromisso de plena satisfação de seus clientes. O resultado de tal compromisso e comprometimento se espelha na crescente quantidade produzida e exportada ano a ano.

Wikpédia. a enciclopédia livre.

Depoimentos :


 Eu trabalhei no Rufino Benito na Rua, Sete, antes da subida do pontilhão. Do lado direito tinha os armazens de café tipo exportação.  Ele foi um dos maiores cafeicultores exportadores de café fino. Tíinhamos umas cem mulheres trabalhando na separação dos grãos,  separando os grãos maiores dos menores. Elas ganhavam por latas de querozene ,   acho que eram 25 litrs uma lata daquelas.  Cada lata catada, ou separada, elas recebiam  uma ficha e no final de semana elas recebiam por cada ficha , não lembro o valor..Só sei que ai era ensacado,   pesado e  costurado o saco numa maquina de costurar. Nos sacos  eram carimbados " cafés do Brasil exportação" e dentro do armazém tinha,  ou tem ainda, a linha do trem . Ali carregavam os vagões e desciam para Santos. Isso foi na década de 60.  Trabalhei dois anos lá.  Em 1962 sai tinha 14 anos. esse era o serviço das catadeiras , muitas dessas mulheres sustentavam as casas com este serviço.

Didi Garisto

Nos anos 50 e 60 CATANDUVA teve seu maior reconhecimento como produtora de cafes finos, que eram beneficiados e comercializados por RUFINO BENIT O café proprio, IRMÃOS ZANCANER, URECA, CORCMA cooperativa regional cafeicultores da media araraquarense, que comprou a Ureca que ficava no final da rua S.Paulo,BAMA beneficiadora e armazenadora Monte Azul que ficava na rua  Amazonas com Cuiabá.MARINO nas mãos do Julinho e José Carlos,  que iniciavam sua história no inicio dos anos 60. Em 1970, chegava a COCAM. e eu saia de Catanduva.

José Carlos Pivato.

 Hoje as lavouras de café mudaram muito, pode-se afirmar que atualmente não existe mais roça , mas sim industria agrícola (tudo é informatizado e mecanizado), mas no tempo que o meu pai, tios e meu avô plantavam café não existia muito segredo nas lavouras, pois era tudo manual e tocado com meieros ou colonos (os meieros plantavam e cuidava das respectivas lavouras e tudo que produziam era 30%, 40% ou até 50% e os colonos tinham casas e ordenados). Nas fazendas as mudas eram cultivadas em viveiros e depois transplantadas nas roças, depois de alguns anos (que não me lembro direito), acho que por volta de 3 ou 4 anos, pois dependiam da qualidade do café (chumatra, bourbom) começavam as colheitas que naquela época eram manuais, com varreduras dos troncos, rastelamentos, abanos com peneiras especiais, ensacamento (tudo isso feito nas lavouras) depois eram transportados para as Tuias em carretas puxadas com cavalos, boi de canga ou tratores para secagem durante o dia e recolhemnto a noite, Após toda essa triagem o café era enviados para os Depósitos (armazéns) em Catanduva para serem negociados ou estocados para aguardar melhores preços no mercado. Nesses armazéns (pelo que eu saiba, pois nunca trabalhei nessa parte) depois de negociados o café era separados por máquinas ou catadeiras para consumo internos ou exportação  É o que eu lembro da época, hoje como disse,  é totalmente diferente, ah, e minha função principal no dia a dia era cuidar de fechar os bezerros, e tratar os cavalos e porcos, mas nas colheitas de arroz, feijã0, milho e café todos iam ajudar. Isso tudo me traz mtas recoradoções de minha infância e juventude mas posso garantir a vc que naquela época era uma vida dura.

José   Figueiredo e Rosa


Por Mariângela Cândido




2 comentários:

Didi disse...

Caros amigos conterranêos, Catanduva sempre foi um marco histórico ,desde a emigração dos Italianos , Espanhóis , Portugueses, Japoneses no século passado, uma grande cultivadora de Cafés, a maioria desses emigrantes vieram exatamente para trabalhar nas lavouras,como Meieros, depois então com o passar dos tempos com a penetração da cana de açucar, não só catanduva ,mas toda região , deixou de plantar o Café para mudar para a Cana, mas sua fama não será esquecida como uma das gdes exportadoras do famoso Cafés finos. Tive a felicidade de trabalhar e conhecer o maior exportador da cidade Sr.Rufino Benito, eram centenas de toneladas embarcadas quase que diariamente com destino ao porto de Santos.Hje Felismente temos outras regiões produtoras deste grão, tais como Espirito Santo, Minas gerais, e Bahia, Quero parabenizar minha amiga Mariangela pela linda Postagem sobre essa materia, que ficou muito claro que nossa cidade ficou famosa pelo mundo através do nosso café, O Café do Brasil, abraço amiga Mariangela.

Mariangela Candido disse...

Caro amigo Didi!
Eu que agradeço a participação e colaboração sua, do José Carlos e José Figueiredo na construção desta postagem.Um grande abraço!