SAUDADES DOS VELHOS TEMPOS
Um dia qualquer, passados não sei quantos,
escrevi que eu pertenço,
a um tempo que com certeza,
deixou saudades, e muitas.
Pra nós que vivemos,
num tempo em que havia mais respeito,
o homem tinha charme,
havia romantismo e nós,
colhiamos rosas em nossos corações.
Nossas juventudes, receberam
os Anos Dourados, como herança,
a gente dançava de rosto colado,
onde o amor predominava.
Havia delicadeza
de ambos os lados.
O homem colocava um lenço
para a namorada sentar a calçada,
a gente abria a porta do carro,
se pedia a moça para ela
nos conceder aquela dança.
Os pais e encarregados
estavam de olho nas suas filhas,
o que era natural.
Tinha Beatles, Rolling Stones,
Elvis Presley, Bossa Nova,
Tropicalia, Festivais de auditório.
Sabiamos como amar a natureza,
sem que para isto a gente fosse
desamar a alguém.
Aproveitávamos a vida a nossos pés,
sem que precisasse destruí-la.
Realmente, eu pertenço,
a alegria de ter vivido
um tempo em que se amava
pra valer, sem ter medo de ser feliz,
e que nos deixa muitas saudades
em nossos corações joviais.
Os Anos Dourados, viram o biquini nascer,
mas também, não vimos nada além...
Nós somos do tempo, em que se namorava
nas matinés dominicais, comendo pipócas,
chupando drops, ou lendo um gibi,
na espera da namorada.
Se esperava a luz apagar,
para se ganhar um beijo,
mesmo que fosse roubado,
no escurinho do cinema.
Em nosso tempo, a virgindade
era virtude, e não se tinha como vergonha.
Se usava camisinha de venus,
como preservativo,
lógico que aqueles mais ousados.
A gente estudava para ter conhecimento,
não para ficar mais esperto.
As vezes páro para pensar
e lembrar, que a gente
era feliz e não sabia, não imaginava
que iriam acontecer coisas, como hoje...
Tudo muito bem...
Mas, eu tenho saudades daqueles tempos...
Do Escrevedor de Versos: tabayara sol e sul.
Por Mariângela Cândido
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