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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Breve História do Jazz




O jazz existia desde o Séc. XIX em constante evolução quando chegou a Chicago, que no início dos anos 20, fervia: noites regadas a bebida, gangsteres, bares, muita música. Um campo fértil para o desenvolvimento de uma música tida como barulhenta para a época.

Nesta época, Louis Armstrong e seu grupo, o Hot Five, fez suas primeiras gravações, assim como diversos outros gigantes do jazz. E já mostravam as características que este tipo de música teria como marca registrada: após a apresentação do tema, improvisos e mais improvisos, até o “grand finale”, com irreverência e humor.

Mas a Lei Seca colocou um fim na farra. E ainda por cima, a Grande Depressão econômica que atingiu os EUA na época mudava todo o clima, toda a atmosfera.

O jazz morreria se não tivesse se adaptado, passado por uma transformação para a qual os puristas torceriam o nariz e se comercializado. Foi quando surgiu o “swing jazz”, o jazz feito para dançar, tocado pelas big bands, grandes orquestras, com um som muito mais comportado e ao mesmo tempo, mais alienante, criando atmosferas de festas elegantes. Eram os anos 30, e surgiram nomes como Duke Ellington, Count Basie, Benny Goodman, além de crooners como Billie Holiday e Ella Fitzgerald. Na mesma onda surgiriam também Frank Sinatra e Dean Martin, entre outros.

Na versão brasileira, o jazz era substituído pelo samba-canção, pela música dor-de-cotovelo, pelo bolero, era adaptado à realidade nacional, seja nos temas, seja no ritmo. Era a época das grandes orquestras, da Rádio Nacional e dos cantores com vozes potentes.

Na década de 50, ainda antes da explosão do rock and roll, os jovens – em especial os universitários – buscavam uma sonoridade diferente da oferecida pelas rádios e pelas TVs, com toda aquela eloquência e exagero sentimental.

No Brasil, a sonoridade encontrada foi a Bossa Nova, introduzida por João Gilberto e adotada de imediato por Tom Jobim, Carlos Lyra e outros músicos ainda iniciantes. Nos EUA, o jazz encontrava sua nova fase na costa oeste, através do “cool jazz”, o jazz frio, intelectual, meditativo, introspectivo, de Miles Davis, John Coltrane, Stan Getz, Bill Evans ou Chet Baker.

No início dos anos 60, Stan Getz, grande nome do movimento cool jazz, grava com Tom Jobim, João Gilberto, e sua esposa, Astrud Gilberto, "Garota de Ipanema", que é premiada com um Grammy. Diante do sucesso, vários músicos do jazz buscam sonoridades mesclando o novo jazz com ritmos latinos, como a salsa e demais ritmos caribenhos. Destaca-se a trilha sonora do filme “Último Tango em Paris”, composta e interpretada pelo saxofonista de jazz argentino Gato Barbieri, assim como o também argentino Astor Piazzolla, que embora tenha o tango como sua principal referência, é, sem dúvida alguma, um músico de jazz.

No final dos anos 60 a cena social exigia mudanças e a arte respondia com mudanças. Miles Davis tentou então fazer uma fusão com o rock, eletrificando seu trumpete. Stan Getz fez o mesmo com o sax. Não deu certo. Os jazzistas não gostaram, nem os roqueiros: a fusion foi apelidada de confusion.

Predomina hoje - desde a década de 1980 - no jazz uma linha conhecida como “smooth jazz”, que poderia ser traduzida como “jazz suave”. Destacam-se as vocalistas Sade Adu, Norah Jones e o guitarrista George Benson.

2 comentários:

Mariangela Candido disse...

Muito bom Maurício!Gostei!
E

Mariangela Candido disse...

Maurício, o que vc acha deste vídeo? acha legal publicar aqui?

http://youtu.be/S8qIgohyT8Y