Darcy Sarmanho nasceu em uma família gaúcha de elite. Era a filha mais moça de Antônio Sarmanho, estancieiro e comerciante, e de Alzira Lima Sarmanho. Entre seus irmãos estava Válder de Lima Sarmanho.
Em 1911, aos quinze anos de idade, Darcy casou-se com o então advogado Getúlio Dornelles Vargas, natural da mesma cidade. As meninas, à época, eram criadas desde cedo para o casamento, às vezes interrompendo a vida escolar, o que aconteceu à Darcy. O casal Vargas, em seis anos de casamento, teve cinco filhos: Lutero (1912), Jandira (1913), Alzira (1914), Manuel Antônio (1916) e Getúlio Filho (1917)[3]. Sua filha Alzira casou-se com Ernani do Amaral Peixoto.
Darcy, como esposa, sempre esteve ao lado de Getúlio nas cenas políticas. Antes da Revolução de 30, já havia demonstrado seu compromisso com o Brasil, através de obras sociais. Criou em Porto Alegre a chamada "Legião da Caridade", formada por mulheres da elite gaúcha que ajudavam a produzir roupas e angariar e distribuir alimentos para famílias cujos homens participavam, ao lado de Getúlio, da Revolução.
Os adultérios de Vargas
O diário de Getúlio Vargas, que cita mais de 1300 pessoas, menciona uma mulher misteriosa alcunhada de bem-amada, luz balsâmica e encanto da minha vida, por quem declarou estar apaixonado em abril de 1937. A mulher é supostamente a paranaense Aimée Sotto Mayor Sá, que foi esposa de Luís Simões Lopes, chefe de gabinete de Vargas. Aimée significa amada em francês. Os lugares de encontro mencionados são Poços de Caldas e São Lourenço
Independente de quem fora realmente a bem-amada, o relacionamento durou até maio de 1938 e causou uma crise doméstica entre Getúlio e Darcy Vargas. Em um dado momento do casamento, eles passaram a dormir em camas separadas.
Na mesma época da bem-amada, houve boatos de que Getúlio estava tendo um caso com a poetisa Adalgisa Nery. O próprio Benjamim Vargas, irmão de Getúlio, alertou o presidente de tais rumores; porém, este teria respondido: "Bobagem! Isso é gabolice do Lourival! Ele é que espalha para se gabar!". De acordo com Ivan Nery, filho de Adalgisa, sua mãe e a primeira-dama eram amigas.
A amante mais famosa de Getúlio Vargas foi a jovem atriz Virgínia Lane (n. 1920); eles tiveram um relacionamento que durou mais de dez anos.
Ao longo de todo o diário, Getúlio insinua dezenas de vezes ter tido aventuras extraconjugais passageiras, chamadas de amores mercenários por ele mesmo.
Primeira-dama (1951-1954)
Durante a grande seca no início da década de 1950, Dona Darcy visitou e ajudou os flagelados nos Estados atingidos.
A primeira-dama promoveu a aquisição de toneladas de leite em pó da Holanda para a população infantil e, graças à ajuda de empresas privadas, obteve o meio de transporte gratuitamente.
Além disso, Darcy Vargas adquiriu, por doações, na Alemanha, o primeiro hospital volante.
Promoveu a assistência a vítimas das enchentes do rio Amazonas.
Mesmo após o suicídio de Vargas, ela continuou trabalhando na Fundação.
Morte
Dona Darcy Vargas faleceu às 4 horas do dia 25 de junho de 1968, aos setenta e dois anos de idade (mesma idade em que Getúlio Vargas suicidou-se).
Seu corpo, após o velório na capela da Casa do Pequeno Jornaleiro, foi enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, próximo à lápide de Getúlio Vargas Filho, conforme seu desejo.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Darci_Vargas#Primeira-dama_.281951-1954.29
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