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quinta-feira, 22 de março de 2012

"I Love Lucy", um seriado feminista nos anos 50.



I love Lucy foi uma série muito engraçada  exibida nos Estado Unidos de 1951 a 1956.
De 1957 a 1960 seus episódios ainda eram apresentados, mas como especiais esporádicos de uma hora de duração (os anteriores eram de meia hora).
Passou no Brasil (TV TUPI) no início dos anos 60 com o nome (que não pegou) "Eu Adoro Lucy". Eram em preto e branco (é claro) e com legendas.
A "Lucy" era representada pela atriz Lucille Ball, que ficou famosíssima por suas atuações cômicas e caretas hilárias. As situações se passavam, na maior parte das vezes, na sala da casa dessa ruiva meio amalucada que, invariavelmente, contracenava com seu marido (no filme e na vida real) "Ricky" (o ator cubano Desi Arnaz) e com o casal amigo e vizinho "Ethel" e "Fred". Mostrava o cotidiano de uma família classe média em que a esposa aporrinhava o marido com suas trapalhadas.

Ela queria, a todo custo, ser estrela da TV e Ricky fazia de tudo para demovê-la da idéia.
Em 1960 Lucille e Desi divorciaram-se. Chegava ao fim um dos mais bem sucedidos programas dos anos 50 e da da história da televisão americana.

I Love Lucy e Seu Significado na Sociedade

 Lucy McGillicudy era uma mulher que sonhava com uma carreira artística, mas desistiu de tudo ao se tornar Lucy Ricardo. Não deixou, porém, de ser uma pessoa inconseqüente que está disposta a tudo para provar seu ponto de vista em diversos assuntos. Seu grande sonho é fazer parte do glamouroso mundo artístico em que seu marido está inserido, mas ele não quer nem pensar nessa possibilidade. Ela não deixa de tentar, porém, mas no fim suas tentativas fracassam tanto pela maluquice sem medida de suas idéias como também pela intervenção de Ricky.

Nem a chegada do filho Riquinho sossega Lucy. Isso talvez porque a chegada desse bebê nem era planejada. Mas, devido à gravidez real da atriz, acabou-se incorporando isso ao personagem. Nesse ponto, vale observar que o garoto é tema central de poucos episódios (em comparação com a importância de um personagem como esse). Na maioria dos episódios após seu nascimento, ele está aos cuidados da Sra. Trumbull, a vizinha que fazia as vezes de babá, ou então nem é citado, como se ele nem existisse. Não é raro ver os Ricardos e os Mertzs saírem para jantar e não há uma palavra sobre o que será do bebê. Apesar disso, o episódio do nascimento do bebê é citado como um marco para a TV. Uma coisa interessante é que esse episódio foi exibido em 19 de janeiro de 1953, mesmo dia do nascimento do filho real de Lucille Ball e Desi Arnaz. Coincidência?
Voltando ao personagem de Lucy, ela não aceita a vida que tem. Mas todas as suas tentativas de sair dessa situação fracassam. No fim, ela é obrigada a dar razão ao seu marido, que desde o começo lhe dizia que ela devia ser apenas uma dona-de-casa. Vemos que esta série reforça uma cultura machista, pois no fim sempre é provado que ele tem razão e que a mulher não passa de uma inconseqüente.
Como a série foi exibida nos anos 50, ou seja, no período pós-guerra no qual, após a volta dos maridos, inúmeras mulheres voltaram ao seu tradicional papel de dona-de-casa. Mas, as mulheres iniciavam uma briga para entrar no mercado de trabalho e provar sua capacidade, Lucy pode ser vista como um ícone feminino, pois a cada episódio lutava para sair da sombra de seu marido. Mas, por outro ponto de vista, as maluquices realizadas por ela e seus sucessivos fracassos transpareciam que a mulher na verdade não possuía todas a capacidade que dizia possuir.
Foi na década que I Love Lucy esteve no ar, a década de 50, que se delineou o pensamento feminista que deu origem à revolução da década seguinte. Assim, vemos que Lucy representava adequadamente a mulher de sua época, apesar de ser mostrada de uma forma extremamente caricata. Foi através de séries como essa que a insatisfação feminina com sua situação começou a ser exibida para o grande público. Mensagens à parte, o que realmente importa são as risadas trazidas por Lucy para nós há mais de 50 anos. 

Fontes deste Artigo: Livro - Sitcom: Definição e História; Sites da Internet e Observações Pessoais
http://www.anosdourados.blog.br/2010/08/fatos-programas-de-tv-i-love-lucy.html
http://lucysite.vilabol.uol.com.br/sociedade.html

Clique na telinha abaixo para assistir a um dos melhores episódios de "I love Lucy" legendado.





Um comentário:

Renata disse...

Lucille Ball - atriz, dançarina, cantora, diretora, produtora e autora! É pra quem pode, não pra quem quer... Aliás, sabia que ela foi pin-up girl antes de virar comediante? Joga no Google imagens e se prepare, você vai ficar impressionado(a) como ela era linda nessa época.