Catanduva, SP, 03 (AFI) - Morreu na madrugada deste sábado, em Catanduva, o ex-meia Brecha, de 63 anos, que marcou época nos anos 1970 jogando no Juventus, Santos e Guarani, além de ter feito alguns jogos pela Seleção Brasileira em 1973. Brecha, de algum tempo, lutava contra um câncer na cabeça e acabou não resistindo. Seu enterro vai ser na tarde deste sábado em Catanduva, a sua cidade natal, no Cemitério Monsenhor Albino.
"Ele já vinha com este problema a um ano e meio. Em princípio operou e deu resultado. Em fevereiro nós recebemos uma homenagem no Juventus e um mês depois o tumor voltou. Daí não dava mais para operar, porque ficava bem atrás da cabeça. Há 15 dias ele ficou ruim e estava internado", explicou o irmão Brida.
Brecha tinha uma vida confortável, mas por conta do casamento do que pelo futebol. Deixou três filhos e três netos. Ele estava internado em Catanduva, no Hospital Padre Albino.
Início e com Pelé
Nascido em 12 de julho de 1948, Moacir Bernardes Brida ganhou o apelido de Brecha desde criança e foi um meia de estilo clássico que surgiu no Barretos, mas que começou a fazer sucesso no Juventus no final dos anos 1960, despertando a atenção de grandes times. No Juventus, Brecha jogou ao lado de jogadores que iriam jogar em equipes maiores como os goleiros Miguel e Sérgio Gomes, Deodoro, Luiz Antônio, Osmar, Ziza, entre outros.
No final de 1972 foi negociado com o Santos e jogou ao lado de Pelé, formando em um time que tinha como base jogadores consagrados: Cejas; Carlos Alberto Torres, Vicente, Marinho Perez e Zé Carlos; Clodoaldo e Brecha; Jair da Costa, Pelé, Eusébio e Edu. Este time foi campeão paulista de 1973 sob o comando de Pepe.
Depois do Santos, em 1976, Brecha foi vendido por valores elevadíssimos para a época ao Guarani de Campinas e foi campeão paulista do primeiro turno em uma equipe formada por Neneca; Mauro, Nelson, Amaral e Deodoro; Flamarion, Brecha e Zenon; Flecha (Renato), André Catimba e Davi. O treinador era Diede Lameiro.
Mas Brecha não firmou como titular absoluto do Guarani e não ficou no clube campineiro a tempo de ser campeão brasileiro em 1978, tendo retornado ao Juventus. Depois virou um cigano do futebol defendendo várias equipes do Brasil como Mixto de Cuiabá-MT, Grêmio Maringá-PR, Comercial de Campo Grande-MS, Brasília-DF, Sertãozinho, Barretos e, finalmente, encerrou sua carreira em 1991 jogando com 41 anos como quarto zagueiro do Grêmio Catanduvense na primeira divisão do Campeonato Paulista.
Ao encerrar a carreira, Brecha chegou a continuar participando do futebol do Grêmio Catanduvense, mas acabou optando em dar aulas de educação física para alunos de cidades próximas a Catanduva.
Brecha era irmão de Roberto Brida, de 66 anos, (à esquerda na foto ao lado de Pelé e Brecha), com quem jogou no futebol. Brida, depois vira a ser preparador físico e treinador de vários times importantes do Brasil. Agora, aposentado, vive em Catanduva.
http://www.futebolinterior.com.br/news/193331+Luto_Morre_ex-meia_de_Juventus,_Santos_e_Guarani
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