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sexta-feira, 6 de julho de 2012

9 de julho, o Estado de S Paulo comemora a Revolução Constitucionalista, com feriado estadual..

Voluntário Paulista na Revolução Constitucionalista



Para os paulistas, a Revolução de 1932 transformou-se em símbolo máximo do Estado, a exemplo da Guerra dos Farrapos para os gaúchos. Lembrada por feriado no dia 9 de julho, a revolução é mais fortemente comemorada na cidade de São Paulo do que no interior do Estado, onde a destruição e mortes provocadas pela rebelião são ainda recordadas.

O dia 9 de julho, o estado de São Paulo comemora o aniversário do Movimento Constitucionalista de 1932. A data representa um marco importante na história do estado e do Brasil. O movimento exigiu que o país tivesse uma Constituição e fosse mais democrático.

Na época, Getúlio Vargas ocupava a presidência da República devido a um golpe de Estado, aplicado após sua derrota para o paulista Julio Prestes nas eleições presidenciais de 1930. O período ficou conhecido como "A Era Vargas". A Revolução Constitucionalista de 1932 representa o inconformismo de São Paulo em relação à ditadura de Getúlio Vargas. Podemos dizer que o Brasil teve quase uma guerra civil. 

Uma das principais causas do conflito foi a ruptura da política do café-com-leite - alternância de poder entre as elites de Minas Gerais e São Paulo, que caracterizou a República Velha (1889-1930). Alijada do poder, a classe dominante de São Paulo passou a exigir do governo federal maior participação. 

Como resposta, Getúlio Vargas não apenas se negou a dividir poder com os paulistas como ameaçou reduzir seu poder dentro do próprio estado de São Paulo, com a nomeação de um interventor não paulista para governar o estado. Os paulistas não aceitaram as arbitrariedades de Getúlio Vargas, o que levou ao conflito que opôs São Paulo ao resto do país.

Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, o MMDC
Vários jovens morreram na luta pela constituição. Entre eles, destacam-se quatro estudantes que representam a participação da juventude no conflito: Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, o célebre MMDC. O movimento marcou a vida de outros milhares de paulistanos e brasileiros. 

Governistas X constitucionalistas
No dia 9 de julho, o Brasil assistiu ao início de seu maior conflito armado, e também a maior mobilização popular de sua história. Homens e mulheres - estudantes, políticos, industriais- participaram da revolta contra Getúlio e o governo provisório de São Paulo. 



O desequilíbrio entre as forças governistas e constitucionalistas era grande. O governo federal tinha o poder militar e os rebeldes contavam apenas com a mobilização civil. As tropas paulistas lutaram praticamente sozinhas contra o resto do país. As armas e alimentos eram fornecidos pelo próprio estado, que mais tarde conseguiu o apoio do Mato Grosso.

Cerca de 135 mil homens aderiram à luta, que durou três meses e deixou quase 900 soldados mortos no lado paulista - quase o dobro das perdas da Força Expedicionária Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial. 



Cartaz da Campanha de Alistamento

Embora o movimento tenha nascido de reivindicações da elite paulista, ele teve ampla participação popular. Um dos motivos foi a utilização dos meios de comunicação de massa para mobilizar a população. Os jornais de São Paulo faziam campanha pela revolução, assim como as emissoras de rádio, que artingiam audiência bem maior. 

Até hoje, a história da Revolução de 32 é mal contada. Ou, pelo menos, é contada de duas formas. Há a versão dos governistas (getulistas) e a dos revolucionários (constitucionalistas). Durante muito tempo, a versão dos getulistas foi a mais disseminada nos livros escolares do país, mas hoje, com uma maior participação dos professores na escolha do material didático, a história também já é contada sob a ótica dos rebeldes. 

Cartaz da Campanha de Alistamento


A importância do movimento é incontestável. Seu principal resultado foi a convocação da Assembléia Nacional Constituinte, dois anos mais tarde. Mesmo assim, a Revolução de 32 continua como um dos fatos históricos do país menos analisados, tanto no tocante às causas quanto em relação às suas conseqüências. Os livros didáticos ainda trazem pouco sobre o tema.

O fato culminante para a Revolução foi a morte de cinco jovens no centro da cidade de São Paulo, assassinados por partidários governistas, dando origem ao movimento de oposição MMDC (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo), hoje MMDCA.

Jornal "O Estado de São Paulo" (original) de 25 de agosto de 1932 trazendo a notícia dos primeiros paulistas que gloriosamente tombaram pela causa Constitucionalista do Brasil.

A Revolução estendeu-se por três meses e terminou com a derrota das forças paulistas. Apesar da vitória sobre os paulistas, Vargas adotou uma atitude conciliatória, convocando eleições para a escolha dos deputados que comporiam a Assembléia Constituin­te para maio de 1933. Assim, a Revolução Constitucionalista, mesmo derrotada militarmente, atingiu seu objetivo: a elaboração de uma nova Constituição para o País.

São Paulo, depois da revolução de 32, voltou a ser governado por paulistas, e, dois anos depois, uma nova constituição foi promulgada, a Constituição de 1934.



Catanduva na revolução de 32.

Antonio Ortega de Haro e Josué de Grande foram jovens catanduvenses que perderam suas vidas durante a revolução DE 32. Esses rapazes deixaram suas famílias e foram se juntar às tropas revolucionárias paulistas. Infelizmente, jamais voltaram a ver sua querida Catanduva, porém, deixaram um exemplo de amor a Pátria e civismo, que devemos nos orgulhar até hoje.

Mais informações sobre Ortega e Josué neste Blog:
http://clubedosentasdecatanduva.blogspot.com.br/2011/02/irmaos-ortega-e-josue-

Veja o vídeo de um movimento cívico jamais visto no Brasil...


Fontes de pesquisa:
ttp://educacao.uol.com.br/historia-brasil/revolucao-constitucionalista-em-1932-elite-paulista-reage-a-ditadura.jhttp://www.itu.com.br/conteudo/detalhe.asp?cod_conteudo=10101
http://voluntariosdepiracicaba.blogspot.com.br/2012_03_01_archive.html http://pt.shvoong.com/books/239080-revolu%C3%A7%C3%A3o-constitucionalista-1932/#ixzz1zyJ9Pr5U

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