Relembrando alguns produtos da Orniex...
Lançado pela Orniex em 1955, o ODD fez tanto sucesso que acabou até se tornando sinônimo de detergente para louças no Brasil. A marca sumiu do mercado em 1996, quando foi comprada pela Bombril.
Esta é uma lata de pomada para calçados da Orniex dos anos 60
Clique na telinha abaixo para assistir o famoso jingle da sheltox, um produto Orniex.
Quem se lembra do incrível Carnaval Orniex (início dos anos 60)? Deveria estar com meus 12 anos de idade... Durante o reinado de Momo, a TV Record mostrava em flashes noturnos imagens do concurso de resistência carnavalesca. Apresentado pelo narrador esportivo Raul Tabajara... O local seria o ginásio situado próximo ao aeroporto de congonhas? Ficávamos assistindo, entrando pela madrugada, cenas absurdas de foliões semi-conscientes que "flutuavam" pelo salão... Haviam figurinhas carimbadas: o índio, o palhacinho, as colombinas e os arlequins desesperados... Todos precisando dançar sem parar nos 4 dias de folia para "beliscar" prêmios prometidos pela organização... Minha mãe aparecia e com ar de censura dizia:
- Filho... Muda de canal... Isso é um "mundo cão" (filme da época)! - mas eu insistia em ver, aquilo era uma loucura transmitida ao vivo, tinha até comentaristas e repórteres (e aí peço ajuda na memória). Vagamente me lembro de um repórter entrevistando, dentro de um suposto vestiário, um concorrente deitado com os pés para cima (me parece que concediam um descanso de 5 minutos a cada hora) e ele perguntava: - Você vai conseguir agüentar firme até a 4ª feira? Vou sim, e espero levar o prêmio de 1º colocado para minha família que deve estar me assistindo e torcendo... O repórter então devolvia a palavra: - Vai daí Tabajara, me parece que ninguém tira o prêmio do Índio nesse carnaval... Ele está animadíssimo!
Quem se lembra? Será que ninguém pode ajudar a resgatar imagens ou mesmo fotos dessa verdadeira raridade da história da TV brasileira? Vamos puxar pela memória, era tudo em preto e branco... Eu imagino que concorriam mais ou menos uns 800 malucos e também que a certa altura, e mesmo no final, os músicos mandavam até de forma sádica: frevos alucinantes para derrubar mais uma leva de espertinhos que eram retirados de maca, estavam apenas fingindo a dança (na verdade muitos dormiam em pé). A expectativa ia aumentando e na última noite sobravam quase sempre os mesmos, ficavam apenas uns 15 ou 20 e não mais do que isso, ali naquele martírio, naquele covil de hienas, naquela reta final delirante... O repórter aparecia agora ao lado do folião todo suado e carcomido após tantas horas acompanhando ritmos variados...
- Como é? Tudo bem? - E a resposta vinha apenas por sinais de um ser moribundo, mas ao mesmo tempo, feliz pelo "dever cumprido"...
http://www.saopaulominhacidade.com.br/list.asp?ID=1567
3 comentários:
Essa transmissão ao vivo da maratona de resistência física era feita diretamente do Ginásio do Ibirapuera e presenciada pelo público que lotava suas arquibancadas e cadeiras, e que assistia num "ring" de lutas de Boxe, pessoas concorrentes a um prêmio em dinheiro, se aguentassem dançar durante as quatro noites do Carnaval. Havia uma pista entre esse "ring" e as arquibancadas, por onde também desfilavam blocos de foliões, artistas e até Escolas de Samba, tão logo saíssem dos desfiles oficiais da Prefeitura nas Avenidas São João ou Anhangabaú. Tal concurso era feito nos moldes dos que existiram na época da depressão de 1929 nos Estados Unidos, e brilhantemente retratados pelo diretor Sydney Pollack em "They Shoot Horses, Don't They? "("A Noite dos Desesperados"), filme de 1969, com Jane Fonda, Michael Sarrazin.
Minha mãe dançava no carnaval exibido pela Record gostaria de obter fotos ou vídeos preto e branco sim saudades era uma mulata lindaaa
Minha avó Dna. Herotildes Correa, hoje com 96 anos, ganhou 1 concurso, ela não lembra o ano. Pesquisei e encontrei pouquíssimo registro. Se alguém tiver algo...
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