"A indecente balada que chocou o Vaticano"
Na França, Gainsbourg é um ícone cultural, reverenciado por cinco gerações. Deveria também ser no resto do mundo, mas uma maioria ainda o associa exclusivamente a "Je T'Aime... Moi non plus" (1969), a indecente balada que chocou o Vaticano e se tornaria seu único hit internacional.
Birkin é inglesa de Londres, nascida em 1946 que, entre 1965 e 1968, foi casada com o compositor das trilhas dos filmes de James Bond de Sean Connery, John Barry. Bonita, magra, branca, com belíssimos olhos verdes, despontou no cinema com uma pequena participação em Blowup de 1966, dirigido por Michelangelo Antonioni. Em 1968, sem saber francês, a menina foi para a França disputar o papel principal no filme Slogan de Serge Gainbourg. Ganhou a personagem e o diretor.
Serge vinha de um tórrido affair com Bardot e foi com ela que gravou a versão original de ‘Je t’aime… moi non plus’, aquela música que reproduz o diálogo de dois amantes e a mulher fica sussurrando e tendo orgasmos. O lance é que Bardot se casou com o industrial alemão Gunther Sachs, que não queria ficar escutando sua dileta esposa gemendo nas rádios e proibiu seu lançamento (uma das histórias que rolou na época é que os dois haviam gravado a canção fazendo sexo de verdade, ao que Gainsbourg comentou: “se tivesse sido assim, a música seria um lado inteiro de um long-play”).
Assim, abandonado por Brigitte e apaixonado por Birkin, Serge regravou ”Je T´Aime’ com seu novo amor e o casal e a música estouraram nas paradas, mais pela polêmica, do que pela qualidade musical. A canção foi condenada pelo Vaticano, proibida em vários países (o Brasil militar, inclusive, mas também pela Inglaterra, EUA, Itália etc) e muito tempo depois f0i regravada por Donna Summerf pela orquestra de Ray Connif.
http://www.valor.com.br/cultura/1191204/gainsbourg-e-suas-mulheres
Com Brigitte Bardot..
Por Ray Conniff..
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