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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Zé Arigó e suas incríveis curas mediúnicas.




Houve um tempo, entretanto, que o maior número de visitantes vinham movidos pela fé, esperança de cura de várias doenças, até mesmo as consideradas incuráveis. Vinham porque acreditavam na força paranormal de Zé Arigó, o maior fenômeno mediúnico do Brasil.

Em Congonhas, Zé Arigó realizou durante mais de 20 anos, as curas mais surpreendentes. Através do espírito do médico alemão, Adolf Fritz, diagnosticava, dava receitas e até operava, se necessário fosse, mas não permitia nunca que um paciente voltasse sem a sua assistência.

Nascido em uma fazenda na periferia de Congonhas-MG, José Pedro de Freitas, o Zé Arigó (1918-1971), era o primogênito de uma família de dez irmãos. Desde pequeno viu-se assombrado por imagens macabras que o perseguiam por onde quer que fosse. Já na adolescência recebia a visita nada palpável de um homem que se dizia um médico alemão - Dr.Fritz - já falecido, que tinha a incumbência de praticar a cura de enfermos utilizando o corpo de Zé Arigó. Depois de muito resistir Arigó acabou por se submeter aos apelos do tal espírito. 
O apelido foi dado por amigos frequentadores de um bar que Arigó tinha, no centro da cidade.

Por volta de 1950, Zé Arigó começou a apresentar alguns distúrbios que o perturbavam de modo peculiar: fortíssimas dores de cabeça, insônias, transes e visões que o levaram perto da loucura. E uma voz que o acompanhava onde quer que fosse. Apesar de visitar diversos médicos, sofreu durante três anos tais perturbações. Um dia, a voz que o perseguia, tomou seu corpo e ele pode ver um personagem calvo, vestido de avental branco e supervisionando uma equipe de médicos e enfermeiros em uma enorme sala de cirurgia. Apesar desta figura falar uma língua que Arigó não conhecia, ele o compreendia perfeitamente. Dr. Fritz o escolhera para realizar as curas e fez das suas mãos rudes acostumadas a lidar com grosseiros instrumentos de trabalho, mãos hábeis, capazes de manejar bisturis e agulhas. A partir daí, Congonhas passou a receber milhares de pessoas e caravanas do Brasil e do exterior, em busca de cura onde a medicina tradicional falhou.


Acima, quando foi recebido pelo presidente João Goulart, em 1963.
Em 1968, recebeu a visita do presidente Juscelino Kubitscheck.
Em 1970, Zé Arigó tratou do filho de Roberto Carlos, que esteve na cidade junto com sua mulher Nice e Cidinha Campos.


Arigó enfrentou diversos problemas de ordem religiosa e legal. Numa cidade tradicionalmente católica como Congonhas, não foi fácil romper barreiras e trabalhar dentro da linha do espiritismo, mesmo assim, ele não criou inimizades com o clero. Já no plano legal as coisas foram mais complicadas. Foi processado em 1956 pela Associação Médica de Minas Gerais, acusado de curandeirismo. Foi condenado a 15 meses de prisão e recebeu indulto do Presidente Juscelino Kubitscheck. Em 1962 foi preso durante sete meses em Conselheiro Lafaiete, por exercício de medicina ilegal. Voltou a Congonhas ainda mais prestigiado. Vários médicos renomados do mundo inteiro (inclusive da NASA) estiveram em Congonhas estudando o fenômeno e constataram que 95% dos diagnósticos de Zé Arigó eram corretos e seus feitos somente explicados através da parapsicologia.

Quando Arigó foi preso por exercício ilegal da medicina, mesmo na cadeia manteve a atividade: atendia internos, parentes, carcereiros e até um delegado da época levou sua mãe para ser operada da coluna. Artistas da televisão, cantores e outras celebridades enfrentavam filas quilométricas para receber o atendimento oferecido pelo médium. 
Políticos como JK e Jango também se aproximaram dele que era um dos personagens mais populares do país na segunda metade do século passado. Alguns jornalistas, ávidos por desmascarar o curandeiro, se infiltraram nas filas, se passando por doentes. Sem obter sucesso, alguns acabaram se tornando seus amigos. 

Sua morte, em janeiro de 1971, foi prevista pelo próprio Zé Arigó. Ela aconteceu de forma abrupta após um acidente na Rodovia BR 040. Por causa das suas convicções Espíritas, que acredita na teoria da reencarnação, a Igreja Católica não permitiu que seu velório fosse realizado em qualquer das igrejas de Congonhas. Trinta e quatro anos depois da sua morte, a ciência ainda se recusa a admitir que o fenômeno Arigó estivesse além do curandeirismo ou charlatanismo. Contestam aquilo que as imagens fartamente gravadas pelas câmeras de TV não permitem esconder.

Morreu aos 50 anos depois de dedicar mais de 20 a curas mediúnicas utilizando-se de equipamentos nada ortodoxos. Sem assepsia ou anestésicos, Arigó cortava a pele de pacientes que se enfileiravam à sua porta e extirpava tumores, cistos ou lipomas sem provocar dor ou sangramento. Suas curas chamaram a atenção de médicos de todo o mundo que foram à Congonhas estudá-lo. Por outro lado recebeu uma forte oposição da classe médica e também dos padres católicos - muito embora alguns poucos tenham recorrido às suas curas.


Dr Fritz


Todas as informações acerca de Fritz provêm de supostas comunicações mediúnicas com o plano espiritual. Nenhum pesquisador jamais documentou a sua vida terrena.1 Das descrições esparsas colhidas em comunicações através de diversos médiuns ao longo dos anos, emerge uma versão popularmente aceita de que [carece de fontes] a entidade, em vida, teria usado o nome de Adolf Fritz,1 nascido em Munique, na atual Alemanha, cerca de 1876. Seu pai, asmático, recebeu recomendação médica para mudar de clima. Por essa razão, a família mudou-se para a Polônia, quando Adolf teria quatro anos de idade. Forçado a trabalhar desde cedo pela morte prematura de seus pais, custeou os próprios estudos, vindo a se formar em Medicina. Um mês após a sua formatura, um general chegou ao seu consultório com a filha gravemente enferma nos braços mas, a despeito de todos os seus esforços, a menina veio a falecer. O oficial responsabilizou Adolf pela morte da menina, conduzindo-o à prisão, onde sofreu maus-tratos e privações. Evadindo-se da prisão, Adolf foi para a Estônia, onde viveu durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Outra versão dessa suposta biografia sustenta que Adolf ingressou no quadro de Saúde do Exército Alemão, no posto de Capitão, como Clínico Geral. À época da Primeira Guerra, teria atendido os feridos no campo de batalha onde, por falta de instrumentos adequados, acumulou experiência no atendimento de emergências e de prática cirúrgica utilizando os limitados recursos que o front lhe oferecia.
Adolf Fritz teria falecido em 1918, aos quarenta e dois anos de idade, embora se desconheçam informações sobre as causas e o local desse evento.







http://www.netluz.org/textos/txt/txt85.htm
http://congonhas.tripod.com/arigo.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dr._Fritz



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