Lançada inicialmente em compacto simples em 1965, "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" é tida como uma marco na carreira de Roberto Carlos. Ela se tornaria seu maior sucesso na fase Jovem Guarda e um dos maiores hits de toda sua carreira. Febre nas rádios brasileiras, ela elevou Roberto Carlos a condição de fenômeno musical no país.
Magda Fonseca e Roberto Carlos |
A música foi inspirada em Magda Fonseca, então namorada do cantor, e que estava nos Estados Unidos para fazer um curso de inglês. A letra expressava tanto a saudade que o cantor sentia de Magda quanto um desabafo - que tudo fosse para o inferno. Roberto compôs inicialmente a primeira parte da canção e a apresentou ao parceiro Erasmo Carlos, que o ajudou no restante da letra.
Depois de dois meses, Roberto finalizou a canção e, em agosto, encaminhou uma fita com sua gravação para Magda. Logo depois, o cantor apresentou "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" para Othon Russo, diretor de relações públicas da CBS, que pediu a ele que a gravasse imediatamente e que ela seria a faixa de abertura do próximo LP de Roberto, chamado Jovem Guarda, de 1965, que seria lançado ainda naquele ano.
Em 1975, "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" foi regravada para o LP "Roberto Carlos" - novamente como faixa de abertura de seu álbum anual. Mas com o passar do tempo, a crescente religiosidade do cantor, aliada à supertição causada pelo Transtorno Obsessivo-Compulsivo, fizeram com que o cantor, a partir da década de 1980, banisse a canção de seu repertório. Roberto Carlos sequer mencionava o título da canção, pois sua doença fez com que ele evitasse pronunciar palavras como "mal" e "inferno".
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