

Antes do fenômeno de “Quero que vá tudo pro inferno” (parceria com Erasmo, 1965), Roberto faz sucesso com “Splish splash” e “O calhambeque”, ambas versões do Tremendão para canções americanas conhecidas.
Gilberto Gil escreveu duas canções para a voz de Roberto: “Era nova” e “Se eu quiser falar com Deus”, mas elas nunca chegaram a ser registradas em disco pelo cantor capixaba.


Como já foi dito, algumas das músicas gravadas por Roberto ficaram tão famosas em sua voz, que muitos pensam que são composições suas. “Falando sério” é uma delas. Ela foi escrita por Carlos Colla e Maurício Duboc e está no disco de 1977. Carlos Colla tem cerca de 25 músicas gravadas por Roberto, a maioria em parceria com Duboc.
Falando sério - Roberto Carlos
Uma outra música do disco de 1977, que é obrigatória em qualquer show de Roberto Carlos, é “Outra vez”, de Isolda. Compositora paulista, Isolda tem várias canções gravadas pelo Rei, algumas escritas em parceria com seu irmão, Milton Carlos, entre elas, “Um jeito estúpido de te amar”, presente no disco de 1975.
Rossini Pinto é o autor de vários sucessos da Jovem Guarda, alguns deles versões de canções americanas, outros temas próprios, como “Só vou gostar de quem gosta de mim” (Roberto Carlos em ritmo de aventura, 1967). Aliás, o título desse disco é também o nome do primeiro filme estrelado pelo Rei, dirigido por Roberto Farias. Em 1968, Roberto, agora ao lado de Erasmo e Wanderléa, participa de um segundo filme, também dirigido por Farias: Roberto Carlos e o diamante cor de rosa, com cenas em Israel, onde Roberto canta “Custe o que custar”, de Hélio Justo e Edson Ribeiro. Em dupla, ou separados, estes dois compositores tem diversas canções gravadas pelo Rei. “Custe o que custar”, saiu no disco San Remo 1968 (1976) e foi regravada no CD de 1994.
Custe o que custar - Roberto Carlos
Getúlio Côrtes é um outro compositor jovem-guardista que Roberto Carlos gravou. Em todos os seus discos dos anos 1960 há pelo menos uma música dele e “Negro Gato” é uma delas. Ela está no disco de 1966, que também traz “O gênio”, composição divertida de Getúlio, que assim como “O sósia” e “Pega ladrão”, tem em sua letra um roteiro de história em quadrinhos.

Não vou ficar - Roberto Carlos
Cantor e compositor de sucesso dos anos 1970, Antonio Marcos é o autor de “Como vai você?” (em parceria com Mário Marcos), outra canção que muitos acreditam ser de Roberto Carlos. Ela está no disco de 1972, assim como também “Você já me esqueceu”, de Fred Jorge, sucesso regravado recentemente por Fernanda Takai.
Roberto Carlos costuma ser leal aos seus princípios: nunca trocou de gravadora; mantém há anos o mesmo grupo de músicos que o acompanha em shows e gravações e só canta canções nas quais realmente acredita, aquelas que falam exatamente o que ele tem vontade de dizer... Por isso, segundo Ronaldo Bôscoli, ele nunca gravou “As rosas não falam” de Cartola. Para ele, as rosas falam.
REPERTÓRIO
1. Nossa canção, de Luiz Ayrão
2. Como vai você, de Antonio Marcos e Mário Marcos
3. Custe o que custar, de Hélio Justo e Edson Ribeiro
4. Você já me esqueceu, de Fred Jorge
5. Outra vez, de Isolda
6. Falando sério, de Carlos Colla e Maurício Duboc
7. Um jeito estúpido de te amar, de Isolda e Milton Carlos
8. Como dois e dois, de Caetano Veloso
9. Não vou ficar, de Tim Maia
10. Ciúme de você, de Luiz Ayrão
11. Só vou gostar de quem gosta de mim, de Rossini Pinto
12. O calhambeque, versão de Erasmo Carlos para a música de Gwen e John D. Loudermilk
13. Negro gato, de Getúlio Côrtes
Abaixo algumas destas músicas para matar a saudade!
Nossos aplausos ao "Rei" e aos maravilhosos compositores que fizeram tão lindas canções para que ele pudesse cantar ontem, hoje e sempre para nós!!!
http://www.culturabrasil.com.br/playlists/roberto-canta-2
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